Iara Cruz Froes

A mulher negra sofreu todo tipo de violência ao longo da história do nosso país. O curta “Mulheres Negras” com 16 minutos é uma homenagem que a TV ALERJ faz a todas as brasileiras afrodescendentes que há séculos lutam para terem seu valor respeitado pela sociedade brasileira. O documentário tem direção e roteiro de Iara Cruz. Na edição, a jornalista contou com a criatividade de Wiliam Vieira. A trilha musical foi composta especialmente por Gabriel Froes.

O documentário foi pensado a partir do “Dossiê Mulher”, publicado pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro que aponta que a negra é vítima em: 59,4% dos registros de violência doméstica, 56,8% dos casos de estupros e 62,2% dos homicídios.

Resumo do documentário Brasil Negro

Já o longa de 53 minutos mostra que ao longo dos séculos XVI ao XIX toda a economia do Brasil foi produzida pela mão de obra negra escravizada, mas, apesar disso, o país jamais reconheceu a real importância da população afrodescendente. Hoje, em pleno século 21, o negro no Brasil– descendente de homens e mulheres, arrancados de suas terras e culturas de forma criminosa -, ainda luta para conquistar seu espaço na sociedade contemporânea.

A dívida histórica é inegável. O que pode ser feito para abater, pelo menos, parte desta dívida? Como resgatar e reconhecer o devido valor da população afrodescendente? Com esta indagação, foram ouvidos cientistas sociais, historiadores e estudiosos que relatam como a presença dos africanos contribuiu para a formação da língua, economia, costumes e cultura no Brasil. Mostra também de que forma o comportamento da sociedade escravista se repete nos dias atuais.

Os dois documentários mostram, que mesmo nos dias atuais, as mulheres brasileiras negras continuam sofrendo preconceitos a partir da pele